Brasília/DF - A Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST) do Conselho Nacional de Saúde (CNS) esteve de reunião marcada nos dias 25 e 26 de março, para elaborar o plano de trabalho da comissão para 2013. O coordenador da CIST, Conselheiro Jorge Venâncio, propôs dois temas prioritários a serem tratados no plano.
A nova política nacional de saúde do trabalhador foi o primeiro tema proposto pelo coordenador, com foco na integração das vigilâncias, na qual a vigilância da saúde do trabalhador passa a integrar a vigilância sanitária dos estados e municípios permitindo a entrada da vigilância da saúde do trabalhador nos locais de trabalho.
Como segundo foco dentro do tema, o conselheiro sugeriu trabalhar na construção de um indicador nacional de acidentes de trabalho para trabalhadores com e sem carteira assinada. "Hoje só se sabe dos trabalhadores com carteira", disse o coordenador.
"Com indicador pode-se estabelecer meta de redução de acidentes, óbitos. Se não há indicador, não tem como discutir meta alguma. Com indicador a discussão é mais objetiva, por isso ele é tão importante", explicitou Jorge Venâncio.
O conhecimento de áreas pouco estudadas na saúde do trabalhador foi outro tema citado pelo coordenador da comissão como ponto de prioridade para o plano de trabalho. "Existem áreas pouco conhecidas na saúde do trabalhador e por falta de conhecimento as providências são insuficientes", relatou.
Como exemplo, o coordenador apontou os trabalhadores motociclistas, mencionando a diferença entre os que usam o veículo para trabalho e os que usam para passeio, destacando que há importância que tenha políticas públicas diferenciadas para os dois casos. Para ele, certas áreas precisam de discussão aprofundada para enfrentar os problemas.
A pauta da reunião marcava o dia 26 para a finalização do plano de trabalho da CIST para esse ano. Ainda no dia 26, deveria ser debatido o Movimento Saúde + 10 e a proposta de inclusão do tema saúde do trabalhador nas exceções da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Data: 25/03/2013 / Fonte: Conselho Nacional de Saúde - CNS