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Governo altera normas de segurança e saúde no trabalho

As normas de segurança e saúde no trabalho vão sofrer mudanças: o Governo de Jair Bolsonaro busca modernizar as chamadas NRs (Normas Regulamentadoras), consolidar e simplificar decretos trabalhistas com objetivo de reduzir exigências impostas aos empregadores.

As 36 NRs em vigor passarão por uma revisão, sendo que na primeira etapa desse processo, as NRs 1 e 12 já sofreram modificações, enquanto a NR2 foi revogada. Após debates na CTPP, em comissão tripartite, ficou definido entre o governo, trabalhadores e empregadores – em consenso integral – as revisões e revogação citadas anteriormente.

A última revisão da NR 12, que trada de medidas de proteção para garantir a integridade física dos trabalhadores e prevenir acidentes no uso de máquinas e equipamentos, foi feita em 2010. Segundo a comissão, o texto é complexo e de difícil execução e não está alinhada aos padrões internacionais.

De acordo com o estudo realizado pela SPE, essa revisão reduziria até R$ 43 bilhões em custos para o agregado da indústria.

Com a alteração da NR1, será reduzida a burocracia, permitindo assim o aproveitamento total e parcial de treinamentos feitos por um trabalhador que muda de emprego dentro da mesma atividade por um período de dois anos. Serão beneficiadas, especialmente, as micro e empesas de pequeno porte, já que estarão isentas de elaborar programas de prevenção de riscos ambientais e de controle médico e saúde ocupacional.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que essas mudanças não representam ampliação de riscos às atividades e que outras mudanças virão, disse: “A preocupação que nós tivemos desde o início foi justamente de não permitir que a simplificação tivesse como contrapartida um aumento do número de acidentes de trabalho”.