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Novembro Azul 2022

CÂNCER DE PRÓSTATA
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

CÂNCER DE PÊNIS
O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. A manifestação mais comum é uma ferida ou úlcera persistente, ou também uma tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis.

A presença de um desses sinais, associados a uma secreção branca, pode ser um indicativo de câncer no pênis. A presença de ínguas na virilha, pode ser sinal de progressão da doença. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis apresenta elevada taxa de cura. No entanto, mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeiras lesões aparecem para procurar o médico. Essas lesões deverão passar por biópsia para análise, quando será dado o diagnóstico final.

O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento das ínguas na virilha. Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem ser oferecidas. Nas lesões superficiais, a retirada do excesso de pele e tratamento local com medicamentos é possível em alguns casos. A cirurgia é o tratamento mais eficaz e frequentemente realizado para controle local da doença.

CÂNCER DE TESTÍCULO
A maior incidência é em homens em idade produtiva, entre 15 e 50 anos. Nessa fase, há chance de ser confundido, ou até mesmo mascarado, pela inflamação dos testículos e dos epidídimos, canais localizados atrás dos testículos, que coletam e carregam o esperma.

O mais comum é o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Mas deve-se ficar atento a outras alterações, como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, endurecimentos, dor imprecisa na parte baixa do abdômen, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos.

Se por um lado o câncer de testículo é um tipo agressivo, com alto índice de evolução da doença, por outro, é de fácil diagnóstico e alto índice de cura. O diagnóstico se faz pelo exame de ultrassonografia da bolsa escrotal e pela dosagem de marcadores tumorais no sangue. O autoexame dos testículos é um hábito importante para o diagnóstico precoce desse tipo de câncer. Caso sejam observadas alterações, o médico, de preferência um urologista, deve ser consultado.